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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



Roda de conversa em defesa da garantia dos direitos da população LGBTQI+


Roda de conversa em defesa da garantia dos direitos da população LGBTQI+
2020-07-16

O Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12), para proporcionar uma amplitude de diálogo realizou, por meio da sua Comissão de Direitos Humanos, uma roda de conversa com profissionais da psicologia em defesa da garantia dos direitos da população LGBTQI+. O encontro foi realizado na segunda-feira, 6 de julho, pela plataforma online Zoom, com tradução em libras e mediação da psicóloga colaboradora do CRP-12 Maria Claudia Goulart.

A roda de conversa teve como debatedores o psicólogo Angelo Brandelli (CRP – 07/18867), professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da (PUCRS) e Lirous K'yo Fonseca Ávila, assistente social que atua com movimentos sociais desde 2004, voluntária na ADEH - Associação em Defesa dos Direitos humanos desde 2010, instituição esta que acolhe LGBTs vítimas de violência.

Brandelli falou sobre a psicologia e as questões de sexualidade e gênero e como traduzir os direitos e lutas para o campo da prática. Dividiu a trajetória e luta da população em três momentos: o primeiro quando houve as reivindicações da comunidade nos Estados Unidos, em 1969; o segundo momento quando houve, pela própria Psicologia, uma patologização da homofobia, uma vez que procurava a cura; e o terceiro momento quando houve a implementação de estratégias específicas para as interseccionalidades de gênero.

O psicólogo comentou também sobre a importância da inclusão e permanência dessas pessoas na escola e no trabalho e levantou a questão sobre de que maneira as teorias e técnicas da psicologia podem ser reformuladas para darem conta dessas práticas. Além disso, destacou que as especialidades da psicologia precisam trabalhar mais em cima dessas questões.

Lirous abriu sua fala comentando sobre como surgiu a luta da comunidade LGBTIQ+, principalmente das travestis e transexuais, e ressaltou que um dado preocupante é que os grandes agressores são os pais ou parentes próximos. Ela ressaltou que foi voluntária de uma instituição de acolhimento às vítimas de violências LGBTs e agressões contra as mulheres em Florianópolis, que está fechada, sem que a população tenha um lugar de acolhimento hoje em dia.

A assistente social destacou também que, sempre quando vem alguma ajuda do município ou estado, é por meio de muita luta, e geralmente não atende a todos da comunidade LGBTQI+. Lembrou da importância de que o diálogo e a informação se expandam para outras populações, para que o grupo não fique debatendo entre si mesmo; e que é preciso trazer mais gente para ajudar com a causa em todos os sentidos.

Outra preocupação da Lirous é com a amplitude de diálogo e aprofundamento dos profissionais de psicologia para contribuirem com a causa LGBTQI+. Em seguida foi aberto para o debate com os participantes. Para assistir a Roda de conversa online, acesse https://youtu.be/td6X8orbyAk


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