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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



Diálogo sobre Psicologia e Povos Indígenas é realizado com estudantes da Unisul Tubarão


Diálogo sobre Psicologia e Povos Indígenas é realizado com estudantes da Unisul Tubarão
2019-05-21

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Regional de Psicologia (CRP-SC) esteve presente na III Jornada Acadêmica de Psicologia da Unisul, no campus de Tubarão, no dia 14 de maio de 2019. A atividade intitulada “Indígenas e Psicologia” reuniu um auditório lotado de estudantes e também professoras(es) da cidade e região.

Foram convidados para esta atividade Tschucambang Ndilli, pertencente ao Povo Laklãnõ Xokleng e acadêmico de Psicologia na UFSC e Iclícia Viana, psicóloga, colaboradora da CDH e membro da Rede de Articulação de Psicologia e Povos da Terra em Santa Catarina. Acompanhe as atividades em: https://psicologiaepovosdaterrasc.wordpress.com.

Tshcucambang apresentou sua experiência como jovem indígena no espaço urbano e na universidade e problematizou a relação da Psicologia com os povos da terra apontando a necessidade de desconstrução de estereótipos e preconceitos. Além disso, apresentou as Terras e Povos Indígenas que re-existem no estado de Santa Catarina por meio do mapa desenvolvido pelo Ministério Público (SC). Saiba mais em: http://www.mpf.mp.br/sc/sala-de-imprensa/noticias-sc/abrilindigena-mpf-lanca-mapa-interativo-com-informacoes-sobre-as-terras-indigenas-de-santa-catarina?fbclid=IwAR1CTcHNyZNVEbhz7fVzDgHq4IlupM8SuOx46JalFKhJuXkyM1V6V-iv1No

Iclícia apontou algumas perspectivas de descolonização da práxis da Psicologia e de da necessidade de deslocamento subjetivo e objetivo diante das desigualdades raciais que compõe o espaço acadêmico e profissional. A psicóloga provocou a pensar sobre o imaginário social sobre "indígenas" partindo da memória de cada pessoa presente no auditório. Em seguida utilizou a campanha "Menos preconceito, mais índio", do Instituto Socioambiental para problematizar tal imaginário e ampliar o debate. Saiba mais em:https://campanhas.socioambiental.org/maisindio/.

Dentre as diferentes questões levantadas pelas/os estudantes no debate, houve indagação sobre quais os espaços e formas de trabalhar com os Povos Indígenas enquanto Psicologia, objetivamente. Além de comentar sobre onde a Psicologia já tem atuado com os Povos Indígenas tais como dispositivos de Saúde, Educação e Assistência Social, foi argumentado que, de qualquer forma, os caminhos de diálogo e trabalho, precisam ser construídos e fortalecidos. Neste sentido, o trabalho que o Conselho Regional de Psicologia tem feito em parceria com a Rede de Psicologia e Povos da Terra foi apresentada como uma destas possibilidades de criação que tensionam a produção de conhecimentos colonizados e colonizadores e apontam para a o constante trabalho ético e político junto de tais populações.

Foram ressaltados também os aspectos conjunturais que atravessam e determinam as realidades dos povos da terra, convidando as(os) estudantes a acompanhar de perto tais problemáticas políticas. Além disso, foi frisado que conhecer as diversidades de povos indígenas no Brasil não é tarefa exclusiva daquelas(es) que desejam trabalhar com o tema, mas é uma necessidade urgente para toda psicóloga(o).

Fotos: equipe do Centro Acadêmico de Psicologia/Unisul Tubarão

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