Na quarta-feira, dia 30 de janeiro, o CRP-SC esteve presente no lançamento da campanha “Diga não à violência à Mulher, menos ódio mais amor” da Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral (Acinam) no auditório da Fiesc, em Florianópolis. O evento contou com diversas autoridades locais engajadas na causa que prestigiaram a palestrante da tarde, a ativista Maria da Penha, que deu nome à lei de proteção a vítimas de violência doméstica e familiar.
De acordo com o presidente da Acinam, Tarciano Oliveira, a iniciativa é mais uma forma de auxiliar na redução de casos de agressões incentivando a denúncia. Mais de 1 milhão de adesivos com o número 180, da Central de Atendimento à Mulher, serão colados nos garrafões de 20 litros d’água exclusivos dos 14 associados em todo Estado. “A Acinam está engajada nesta causa tão importante e urgente. Queremos divulgar o 180 para ajudar a conscientizar a população catarinense e evitar que mais mortes e agressões aconteçam”, afirma Oliveira.
Maria da Penha tem uma trajetória marcada pela luta contra a violência. Autora do livro “Sobrevivi... posso contar” e fundadora do Instituto Maria da Penha, ela sobreviveu a agressões e duas tentativas de feminicídio do ex-marido que deixaram sequelas para o resto de sua vida. “Minha causa não é para colocar homem na cadeia, e sim para proteger as mulheres de homens que deveriam estar presos. Levei um tiro enquanto dormia, vi a morte de perto. E depois, ao me recuperar, cheguei em casa do hospital, já de cadeira de rodas, e ainda quase fui eletrocutada, pois o agressor havia deixado o chuveiro elétrico com fios desencapados de propósito. Lutei por 19 anos e seis meses até que a lei fosse sancionada. Conseguimos em 2006 a Lei nº 11.340 que atua na defesa das mulheres vítimas de violência. E hoje passo esta mensagem de proteção a essas mulheres por onde vou”, conta Maria da Penha.
Ao participar de eventos como este, o CRP-SC através da Comissão Mulheres e Psicologia, reafirma o seu posicionamento pela eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, principalmente contra as mulheres, apoiando intervenções que estejam voltadas para a proteção e promoção de autonomia e liberdade para todas as mulheres e conta com a participação da categoria no engajamento em relação a essas causas.
Foto: ACINAM
