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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



CRP-SC participa de audiência e apoia fim dos cursos EAD para saúde


CRP-SC participa de audiência e apoia fim dos cursos EAD para saúde
2018-06-25

A conselheira e tesoureira Jaira Rodrigues representou o conselho no evento

O Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-SC) e outras entidades participaram, no dia 18 de junho, da audiência pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) para debater o ensino a distância (EaD) na formação dos profissionais de todas as áreas da saúde. No evento, cerca de 14 conselhos de classe se manifestaram contrários aos cursos de educação a distância, tanto em nível técnico quanto superior. 

Outro encaminhamento da audiência foi o apoio a projetos de lei em tramitação na Alesc e Câmara dos Deputados, tratando justamente desta matéria. Entre eles, o PL 293/2016, de autoria da deputada Ana Paula Lima, proponente da audiência pública. O projeto de lei veda o funcionamento no estado de cursos técnicos de Enfermagem nesta modalidade, a partir de uma demanda do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/SC).  “Não se trata de revogar o papel das tecnologias e das inovações tecnológicas, algo que defendemos e queremos a ampliação e o fortalecimento, mas de uma forma apropriada, não como está acontecendo atualmente. A formação a distância para estes profissionais não é apropriada e pode comprometer de forma brutal a qualidade do atendimento prestado no País”, disse.

A deputada Ana Paula ainda qualificou como “alarmante” a situação, depois que o governo editou, no ano passado, decreto regulamentando o ensino a distância. “O número de vagas na graduação para a formação de profissionais de saúde passou de 274,6 mil para 521,4 mil e, claramente, o foco não é a saúde da população, mas o negócio no mercado da educação”, argumentou.

A representante do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen),  Dorisdaya Humerez, observou que a modalidade EAD é vedada para a formação de médicos, odontólogos e psicólogos, mas aberta a 14 categorias de profissionais da saúde, as quais, também necessitam de uma experimentação prática mais intensa nas suas formações. Como comparativo, ela citou que em uma graduação em enfermagem na forma presencial, que compreende cinco anos, são exigidos dos alunos 2 mil horas de participação em estágios. 

Já para o Coren-SC, representado por Helga Bresciani, "é impossível pensarmos que a enfermagem, possa ser ensinada a distância. Fora disso, de que forma se conseguirá a qualidade e a segurança na assistência que a população tanto precisa? É por este motivo que precisamos debater essa situação com a sociedade”, reforçou.

A conselheira e tesoureira do CRP-SC, Jaira Rodrigues, reforçou que, atualmente, "as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação na área de saúde, exigem, em suas competências, habilidades e atitudes intrínsecas à formação para o trabalho em equipe de caráter multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar, com ênfase na integralidade da atenção", disse.  

Ao final da audiência pública ficou decido pela elaboração de um documento no qual as entidades participantes declaram apoio ao PL 293/2016 - de Ana Paula Lima - e ao PL 2.891/2015 - do Deputado Federal Orlando Silva (PCdoB-SC) - que proíbe a formação não-presencial na graduação de enfermagem. Também ficou estabelecido que os conselhos profissionais avaliarão de forma mais criteriosa os estágios realizados no âmbito dos cursos EAD.

Confira também a matéria sobre a Consulta Pública das Diretrizes Nacionais.

Fonte: Agência da Alesc 

 

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