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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



CRP-SC apoia Seminário Estadual de Práticas em Saúde Mental e Desafios Intersetoriais


CRP-SC apoia Seminário Estadual de Práticas em Saúde Mental e Desafios Intersetoriais
2018-05-14

Evento aconteceu no Centro de Eventos da UFSC e foi promovido pelo departamento de Mestrado Profissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da universidade

Aconteceu, nos dias 3 e 4 de maio, no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o primeiro Seminário Estadual de Práticas em Saúde Mental e Desafios Intersetoriais. O evento, que debateu importantes questões relacionadas à multidisciplinaridade da área, foi promovido pelo departamento de Mestrado Profissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da universidade e contou com o apoio do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-SC).

Na conferência de abertura do evento, o doutor Marco Aurélio da Ros, contextualizou a conjuntura da educação e saúde no Brasil, a reforma sanitária, assim como a criação do Sistema Único de Saúde - SUS, durante abordagem do tema: Práticas em saúde: recolocando os desafios contemporâneos.  Durante a apresentação, Marco ressaltou sua afinidade com a luta da Psicologia destacando que a medicina é social desde sua origem, no século 19. “Meu jeito de pensar é muito compatível com o da Psicologia, que trabalha com o desenvolvimento da diversidade e movimentos sociais. E este evento se faz importante porque se não trabalharmos esta temática nos intelectuais orgânicos, nós não teremos futuro. O nosso País será muito atrasado e com grandes chances de retornar ainda mais a miséria”, afirmou.

A professora do mestrado e idealizadora do evento, a doutora Magda do Canto Zurba, ressaltou a amplitude do tema. “Queremos ajudar as(os) psicólogas(os) e estudantes a entenderem esta interdisciplinaridade do dia a dia da saúde mental. Aqui temos várias profissões, mas é inegável o protagonismo da Psicologia neste evento. O objetivo do Seminário  Estadual de Práticas em Saúde Mental e Desafios Intersetoriais é promover este diálogo entre as partes envolvidas, não somente da saúde, assim como a educação, a assistência social, os conselhos tutelares e as associações de bairro, pois, a questão é  entender o processo dos pacientes e responder se lidamos com o diagnóstico ou com atenção Psicossocial”, destacou.

O evento teve a Mesa-redonda Saúde mental e atenção intersetorial: judicialização e medicalização da sociedade em tempos de crise, que contou com a participação das(os) doutoras(es) André Luiz Strappazzon, Tânia Maria Grigolo e Ana Maria Pereira Lopes. No saguão do Centro de eventos ocorreu, ainda, a exposição de pôsteres e projetos relacionados ao tema.

A psicóloga e mestre, Carolina Andaló Fava apresentou a metodologia de Teatro Espontâneo, a qual foi criada pelo psiquiatra Jacob Levy Moreno, no início do século XX e trata-se de um dos métodos para pesquisar e tratar os grupos e as relações intergrupais, seus conflitos e sofrimentos. O tema da apresentação feita em parceria com os participantes foi O cotidiano do trabalho intersetorial em saúde mental: desafios e possibilidades.

No dia 4 de maio, o evento foi retomado por volta das 8h30 com a mesa-redonda Medicalização na infância – entre outros modos de manutenção do status quo na sociedade contemporânea, que mostrou alternativas para a visão biologicista de doença na infância. O debate contou com a participação das doutoras Sandra Caponi, Denise Cord e Simone Vieira de Souza.

Em ambos os dias, foi reservada mais de uma hora para conversas colaborativas com professores e pesquisadores convidados. Para o encerramento, Walter Oliveira - doutor, professor e presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) - apresentou o assunto Os velhos e novos caminhos para as práticas em saúde mental na lógica psicossocial.

Para concluir o seminário, a professora Magda realizou sessão de apontamentos para a produção do documento final do evento. “Iremos fazer uma construção de um documento para que possamos elencar quais as boas práticas para uma saúde mental intersetorial. A ideia é publicar o documento e distribuir na rede com o apoio do mestrado, que tem acolhido muitos profissionais de outras áreas, pois, atualmente, apenas 50% das vagas são ocupadas por psicólogas(os)”, afirmou.

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