Acessibilidade | Cores: Normal - Alto Contraste | Tamanho do Texto: Diminuir - Aumentar

Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



CRP participa da Diversa Feira Cultural LGBTI+ e da 13° Parada do Orgulho LGBTI+ de Florianópolis


CRP participa da Diversa Feira Cultural LGBTI+ e da 13° Parada do Orgulho LGBTI+ de Florianópolis
2019-09-16

O dia que antecedeu mais uma edição da já tradicional Parada do Orgulho de Lésbica, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e outras identidades não hegemônicas( LGBTI+), foi marcado pela Diversa Feira Cultural. Florianópolis recebeu o evento no último sábado (7) que contou com a participação de entidades de classe, como o Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina(CRP-SC) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de expositores ligados a movimentos sociais como Movimento 8M, Gapa SC, ADEH, Acontece Arte e Política LGBTI+, Aplicativo Nohs Somos, entre outras.

Cerca de 1 mil pessoas passaram pela Feira montada no Centro da Capital. “Esta é uma pauta extremamente importante considerando a realidade do Brasil. Nosso país tem índices altos de assassinato de pessoas LGBTIs, além de muita prática de ódio e exclusão. A Psicologia tem muito a contribuir em relação aos princípios éticos e políticos para minimizar os impactos que essa população está submetida”, destaca o psicólogo e membro do CRP-SC, Ematuir Teles de Sousa.

Duas Resoluções do Conselho Federal de Psicologia (CFP) marcam a posição do CRP-SC e foram enfatizadas no evento: a 01/1999, que posiciona a Psicologia Brasileira enquanto, ciência e profissão, de não considerar orientações sexuais como doença, desvio e perversão, e a 01/2018, que enfatiza a Despatologização e autodeterminação de pessoas travestis e transexuais.

“A Psicologia tem empreendido esforços para diminuir  as práticas de segregação, violência e opressão, apostando no acolhimento às diferenças e na autonomia dos sujeitos em relação às suas sexualidades e gêneros. Marcamos posição, pois somos diversos, não há possibilidade de um único modelo de gênero e de sexualidade para todas as pessoas. Além disso, diante dos discursos de ódios nos nossos tempos, o CRP-SC produziu uma campanha  para diferenciar o que é liberdade de expressão de violência - Preconceito Disfarçado de Liberdade de Expressão ainda é Preconceito.Não existe liberdade que viole Direitos!”, comenta Ematuir.

Para o presidente da Acontece Arte e Política LGBTI+, Fabrício Bogas Gastaldi, a Feira é uma forma de trazer as pessoas LGBTIs que trabalham com arte para além da Parada. “A Parada da Diversidade não agrega artistas e aqui estamos movimentando a economia LGBTIs com artistas e artesãos. É importante mobilizar a classe e fazer com que tenham espaço. Aqui as pessoas se veem e se reconhecem enquanto coletivo que produz artisticamente, além de permitir o fortalecimento das redes de parcerias. O evento permite ainda elevar a autoestima, se reconhecer enquanto indivíduo e lutar pela causa”, finaliza.

O evento contou com bate-papo sobre diferentes assuntos, apresentação de drags queens, exposição de diferentes trabalhos artísticos, cuidados com a saúde, orientação Jurídica da OAB e divulgação do posicionamento da Psicologia em prol dos direitos da população LGBTI+.

13° Parada do Orgulho LGBTI+ de Florianópolis

A 13° Parada do Orgulho LGBTI+ ocorreu no dia 08 de Setembro na Beira Mar Continental de Florianópolis, que trouxe como tema os 50 anos de Stonewall. Foram aproximadamente 9 horas de mobilização que contou com a participação de diversas entidades, entre elas o CRP-SC. Segundo a organização do evento, cerca de 70 mil pessoas estiveram na beira mar, que se consolida como um espaço de reivindicações dos direitos da população de LGBTI+. O CRP participou da mobilização distribuindo bandeirinhas da diversidade com a campanha "A Psicologia está nesta Luta". 

O Psicólogo e conselheiro presidente da Comissão de Direitos Humanos do CRP-SC, manifestou publicamente aos presentes a posição da Psicologia Brasileira em prol dos direitos da população LGBTI+, afirmando que "A Psicologia passou recentemente por um processo eleitoral no sistema conselhos de Psicologia, e houve uma chapa para o Conselho Federal de Psicologia que ousou usurpar da nossa profissão e ciência querendo suspender as resoluções CFP 01/1999 e 01/2018, para promover as chamadas práticas de reorientação sexual e de gênero, conhecidas popularmente como as práticas de "Cura Gay" ou "Cura LGBT". Estas práticas não são reconhecidas pela nossa ciência e as profissionais que fizerem são passíveis de sanção, explicou. A Psicologia Brasileira está nesta luta e disse não para este grupo, justamente por que já está mais que evidente que o que produz sofrimento são as opressões, situações de preconceitos e exclusão que a população LGBTI+ está submetida na sociedade", sustentou o psicólogo.

Fotos: Jéssica Kindermann

Voltar

Faça seu comentário