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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



CRP-12 promove evento para apresentar dados de Pesquisa sobre Mídia e Psicologia


CRP-12 promove evento para apresentar dados de Pesquisa sobre Mídia e Psicologia
2017-08-10

Na sede do Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12), dia 07 de agosto, foram apresentados os resultados da pesquisa “Mídia e Psicologia: tecendo conexões”. O trabalho foi desenvolvido por meio do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), do CRP-12, em conjunto com o Núcleo de Estudos e Ações em Gênero, Educação, Mídia e Subjetividade (NUGEMS), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O objetivo da pesquisa, cujo questionário foi aplicado entre outubro de 2016 e janeiro de 2017, foi entender como os profissionais da psicologia se relacionam com a mídia, tanto como fonte de informação quanto como objeto e ferramenta de trabalho, contribuindo para a construção/solidificação da mídia como um tema relevante para a psicologia. Para apresentar os dados e debater sobre os resuldados foram convidadas(os) Raquel de Barros Pinto Miguel, Amanda Pertile e Gilmara Joanol Arndt, da UFSC. E para contribuir com o debate sobre mídia e psicologia, Marcos Ribeiro Ferreira, colaborador do CRP-12 e Jaira Rodrigues, Presidente deste Conselho.

Jaira Rodrigues destaca que a pesquisa foi motivada por Marcos Ferreira e surgiu, também, a partir da pesquisa do Conselho Federal de Psicologia “Quem é o psicólogo brasileiro?”, visando entender quem é o psicólogo catarinense e quais as melhores maneiras de aprimorar e qualificar a nossa comunicação do CRP-12 com a categoria.

A pesquisa proposta teve como público-alvo psicólogas (os) inscritas (os) no CRP-12 - aproximadamente 15 mil no ano de 2016. O questionário contou com 56 perguntas, sendo 54 fechadas e 2 abertas, as quais foram agrupadas em cinco blocos temáticos: Uso das mídias no cotidiano; Uso das mídias como acesso para obtenção de informações  profissionais; Uso das mídias para divulgação profissional; Presença das mídias na graduação/formação; Uso das mídias relacionadas ao CRP-12.

Quanto ao número de participantes, 590 pessoas concordaram em participar da pesquisa, 487 deram continuidade ao questionário, e 416 respostas foram usadas para a análise dos dados. Destes, a média de idade ficou em 34 anos; tendo de 1 a 5 anos de formação acadêmica; 80,77% formados em universidades particulares; 30% residentes em Florianópolis; 78,61% sexo feminino; 88% da cor branca; e, a maioria, 29,57%, atua na área clínica.

Quanto ao uso das mídias no cotidiano, as mais utilizadas são a internet-computador e a internet-celular/tablet, com 28% e 26,8%, respectivamente. Os sites mais acessados para atualização sobre assuntos profissionais são os Conselhos de Psicologia, seguidos do Google e outros sites de busca. As redes sociais mais utilizadas são Facebook (72%), Whats app (29%) e Instagram (27,4%).

Um dado relevante obtido através da pesquisa é que 99% dos participantes fazem uso da internet para obter informações sobre assuntos científicos. E 79% não costumam participar de espaços para discussão sobre a relação entre mídia e psicologia.

Quanto ao uso das mídias do CRP-12, os dados servirão como base para adequações que melhor atendam as expectativas da categoria, priorizando uma aproximação do CRP-12 com os psicólogos catarinenses.

Raquel de Barros destaca que, embora existam iniciativas no âmbito acadêmico e político, as discussões sobre mídia no âmbito da Psicologia ainda são escassas. Desta forma, com a pesquisa, pretendeu-se ampliar o panorama da relação dos profissionais com esta temática.

De acordo com Marcos Ferreira, que participa ativamente dos debates acerca da democratização na comunicação, faz-se necessária ampla discussão acerca do tema, principalmente, no campo da Psicologia. É preciso ter um olhar para a mídia com certa inquietação, pensando de uma maneira mais crítica sobre o que nos é apresentado pelos meios de comunicação de massa.

Ainda segundo Marcos, a primeira questão é admitirmos que a mídia é alienadora; a segunda, é desconfiar de todos os aparatos tecnológicos; a terceira é enfrentar o caráter monopolista; e a quarta, é não acharmos que para enfrentar um meio de comunicação temos que criar um outro. “O aparato não vai nos libertar, o único jeito de evitarmos a manipulação das grandes mídias é fortalecermos os tecidos sociais, dialogarmos com nossos pares, pois a vida pode falar mais alto do que os meios de comunicação de massa”.  

Uma segunda etapa da pesquisa está prevista, com a possível criação de Grupos Focais sobre o tema. Desta forma, seria possível estabelecer um diálogo com a categoria, fazendo-se uma análise crítica dos dados, segundo Raquel. Além disto, fica a proposta da produção de um material de referência técnica sobre a temática da mídia e psicologia.

Clique aqui para acessar o vídeo do evento

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