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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



Audiência debate alteração das regras curriculares e funcionamento do Ensino Médio


Audiência debate alteração das regras curriculares e funcionamento do Ensino Médio
2016-11-09

O Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12) foi representado pela conselheira Simone Vieira na audiência pública sobre a MP 746/2016, que ocorreu na tarde desta segunda-feira (7/11), na Alesc. O objetivo da audiência foi discutir a Medida Provisória - que prevê a reforma do ensino médio - e encaminhar as propostas levantadas ao Fórum Parlamentar Catarinense no Congresso Nacional. Foram convidados representantes dos professores, de sindicatos, entidades de classe e estudantis.

As propostas apresentadas pelo MEC, que foi representado pelo coordenador-geral do Ensino Médio, Wisley João Pereira, não agradaram o público. "Teve representante do MEC com powerpoint e apresentação estilo garoto do tempo padrão grande mídia", comentou Simone Vieira. "O representante do MEC tentou apresentar gráficos e dados repletos de controvérsias, parece ter esquecido de que falava com um público conhecedor do chão da escola", acrescentou a conselheira.

Houve tentativa de encerramento da audiência, mas o público não deixou. A deputada Luciane Carminatti recuperou a voz de todos os presentes e deu continuidade ao debate, mesmo não sendo mais oficial. A audiência não mudou a opinião dos opositores à MP. "Nas narrativas expressas, estudantes e professores deram uma aula para o MEC, mas o MEC foi reprovado na lição e de forma leviana tentou por meio de um discurso midiático convencer e legitimar programas do desgoverno golpista", afirmou Simone.

Críticas

Os deputados César Valduga (PCdoB) e Luciane Carminatti se posicionaram contra a MP. Luciane disse que a medida não levou em consideração a opinião dos profissionais da educação, além de representar vários retrocessos na educação. “Concordamos que o ensino médio deve mudar, mas não pode ser dessa maneira. Toda medida que vem de cima para baixo na educação é condenada ao fracasso”, comentou.

O presidente do Conselho Regional de Educação Física de Santa Catarina (Cref-SC), Irineu Furtado, também fez críticas à MP, a qual considerou um “retrocesso e um contrassenso”. Ele pediu que ela seja revista e sua discussão seja aberta a todos os envolvidos, como professores, educadores físicos e estudantes. Já o professor do Departamento de Filosofia da UFSC, Nazareno Eduardo de Almeida, afirmou que os índices baixos do ensino médio não são consequência do currículo, mas da falta de estrutura das escolas públicas, dos baixos salários dos professores e dos baixos investimentos na educação.

Em entrevista, o presidente da UCE, Henrique Barros, afirmou que os estudantes também defendem que a reforma seja discutida amplamente com professores e estudantes, e não apenas entre os deputados. "A MP faz com que estudante de escola pública seja formado apenas para o mercado de trabalho e não para a universidade. Quanto mais gente na universidade, melhor será para o desenvolvimento para o país". A audiência também contou com representantes da União Catarinense dos e das Estudantes (UCE), Udesc, Sinte, Secretaria do Estado da Educação, além do deputado Mário Marcondes (PSDB).

 

Texto editado pela Assessoria do CRP-12 a partir de matéria da Agência ALESC


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