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Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina - 12ª Região



Nota de Pesar pela morte de Marcondes Nambla


Nota de Pesar pela morte de Marcondes Nambla
2018-01-03

O Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina – 12ª região vem a público externar nota de pesar pela morte de Marcondes Nambla, lider indígena da Comunidade Xokleng Laklãnõ da aldeia de José Boiteux. Ele foi encontrado desacordado no dia 01 de janeiro na cidade de Penha (SC), com sinais de espancamento. Apesar de socorrido e levado ao Hospital em Itajaí (SC) não resistiu aos ferimentos.

Marcondes era professor em uma escola indígena em José Boiteux e atuava como juiz na aldeia. Formado no curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi um dos formuladores da política indígena da Universidade Regional de Blumenau e era um líder Xokleng que lutava pela preservação da língua.

Também participou de reuniões no CRP-12 para organização do evento estadual que debateu sobre os direitos dos povos indígenas (foto). A realização do evento vinha sendo discutida desde o primeiro semestre de 2016, gerando rodas de conversas, visitas às aldeias e reuniões ampliadas envolvendo diferentes entidades e representantes das três etnias indígenas do estado de Santa Catarina.

Marcondes pode ser mais uma vítima do genocídio dos povos indígenas. Vale lembrar do caso Vitor, bebê da etnia kaingangue, assassinado na rodoviária de Imbituba; Das violações de direitos dos indígenas da Barragem Norte disseminando uma visão distorcida dos fatos, produzindo a marginalização, discriminação e invisibilidade da população indígena no Estado de Santa Catarina. Fatos como este evidenciam os efeitos históricos de processos excludentes gerados pela cultura colonizadora e escravista de nosso país. A Comissão de Direitos Humanos do CRP-12, junto com o GT Interinstitucional Povos Indígenas presta solidariedade aos amigos e familiares e homenageia pela sua importante militância em defesa dos direitos dos povos indígenas. Solicitamos aos órgãos competentes urgência na apuração dos fatos e o(s) autor(es) sejam identificados e responsabilizados.

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